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Vitória terá recolhimento e tratamento de animais de rua com esporotricose

Pela primeira vez, a Prefeitura de Vitória vai ofertar o serviço de tratamento e recolhimento de animais de rua com esporotricose. Serão atendidos 230 animais simultaneamente, no valor de R$ 2,4 milhões/ano.

A solenidade de assinatura do contrato foi realizada nessa segunda-feira (11), na sala de reuniões da PMV. Atualmente, a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus), por meio do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) conta com o Programa de Esporotricose Animal, que é responsável por promover o tratamento de animais com suspeita da doença, desde que uma pessoa se responsabilize por esse animal.

Com o novo contrato, a Semus vai contemplar os animais errantes (cães e gatos encontrados em via pública que não possuam tutor ou um responsável) com esporotricose.

Estiveram presentes o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, a vice-prefeita eleita, Cris Samorini, a secretária de Saúde, Magda Lamborghini, o secretário de Meio Ambiente, Tarcísio Foegher, a gerente de Vigilância em Saúde, Geane Sobral, a diretora do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental, Wanessa Andrade, representantes de associações protetoras de animais, lideranças comunitárias; os vereadores eleitos Baiano do Salão e Aylton Dadalto, além dos vereadores Duda Brasil, Luiz Paulo Amorim e André Brandino.

A diretora do CVSA, Wanessa Andrade, diz que oferta desse novo serviço vai interromper o elo de transmissão de um animal de rua contaminando o ambiente e outros animais ou o próprio ser humano, evitando o aumento de casos de esporotricose, uma vez que a doença pode trazer risco à saúde humana.

“Estamos dando um avanço significativo e uma solução definitiva para um desafio que é nacional. Infelizmente, os casos de esporotricose têm aumentado não só nos animais, mas também nos humanos. Esse é o momento de reafirmarmos os nossos compromissos, de agradecer aos servidores pelo empenho, pela dedicação, agradecer às protetoras e aos protetores, e, principalmente, reafirmar o compromisso com a cidade e com a saúde pública.  Além do ato de amor, porque aqui nós estamos falando do amor, da relação de nós humanos com os animais, nós vamos tratar também, claro, de saúde pública”, disse o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.

Serão oferecidos os serviços de recolhimento de animais errantes, exames laboratoriais, internação, tratamento ambulatorial, medicamentos, vacinação, microchip, cirurgia e esterilização.

Fluxo

As solicitações para recolhimento de animais de rua suspeitos de esporotricose continuam sendo feitas pelo canal 156.

A equipe do CVSA fará a triagem e uma equipe irá até o local para fazer a avaliação do animal. Será recolhido somente o animal que a equipe confirmar não ter nenhum tutor, ou responsável por ele.

O animal será levado para o CVSA onde ficará em gatil individual, aguardando o recolhimento pela empresa contratada (Rancho Bela Vista).

No local, o animal receberá todos os primeiros atendimentos, será implantado o microchip que será o seu CPF e, por meio dele, o CVSA vai monitorar toda a sua evolução, enquanto estiver internado no Rancho.

O animal pode ficar internado no Rancho por até 12 meses. Após a alta, o animal retorna ao CVSA para ser disponibilizado para adoção.

Doença

Transmitida de animais para animais e deles para humanos, a esporotricose é uma doença causada por um fungo de nome  Sporothrix Schenckii. A micose é produzida por meio de ferimentos causados por arranhões ou mordidas de gatos infectados. Em geral, é observada, primeiramente, na pele e causa lesões parecidas com picadas de insetos.

Em 2021, foram registrados 201 casos da doença em animais, em 2022, 312 e, em 2023, 389 casos. Em humanos, foram registrados 22 casos em 2021, 114 casos em 2022 e 103 casos em 2023.

Sintomas

O principal sintoma em humanos é o surgimento de uma ou mais lesões na pele nos trajetos dos vasos linfáticos depois do contato com gatos doentes com lesões ou com matéria orgânica infectada.

As pessoas podem apresentar sintomas nas articulações com inchaço, vermelhidão e dor local da lesão. É comum ocorrerem aumento e dor nos gânglios linfáticos (ínguas).

Já nos felinos é comum as surgir feridas com difícil cicatrização, principalmente nas extremidades das patas, no focinho e ponta de orelha, podem ser indícios de esporotricose.

Na maioria dos casos envolve apenas a pele ou tecidos subcutâneos. No entanto, quando acomete o sistema respiratório do gato, o estágio da doença é mais grave e requer cuidados especiais.

Quando houver lesões com difícil cicatrização, por mais de 30 dias, procure o médico veterinário. As solicitações de consulta de esporotricose também devem ser realizadas através do 156.

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