O verão começa oficialmente neste sábado (21), às 6h21, e vai até às 6h02 do dia 20 de março de 2025. De acordo o Incaper, a temperatura para esse verão no Espírito Santo promete ser alta.
Na Grande Vitória a estação começa o sol entre algumas nuvens, sem previsão de chuva. Ventos moderados no litoral, com temperatura mínima de 23 °C e máxima de 33 °C. Em Vitória, a mínima é de 24 °C e máxima de 32 °C.
Mas o verão também significa pancadas de chuva. No Espírito santo, ela ficam pouco acima da média e vem mais volumosa e frequente no Sudeste, Centro-Oeste, em muitas áreas do Norte e em parte do Nordeste do Brasil.
La Niña
De acordo com o MetSul, os últimos dias trouxeram dados novos que são muito importantes quanto ao comportamento do Oceano Pacífico Equatorial e como as condições do oceano e da atmosfera podem impactar o clima do verão: o oceano se resfriou mais e a atmosfera apresenta sinais de La Niña.
O fenômeno La Niña se caracteriza como um padrão acoplado entre o oceano e a atmosfera no Oceano Pacífico tropical. Para que as condições de La Niña sejam caracterizadas, é necessário observar águas superficiais no Pacífico tropical pelo menos 0,5 °C mais frias do que a média de longo prazo (média de 1991–2020) e evidências de mudanças na circulação de Walker, que é a circulação atmosférica sobre o Pacífico tropical.
Essas evidências atmosféricas incluem ventos mais fortes nas camadas superiores e próximos à superfície (os ventos alísios), mais chuvas do que o normal sobre a Indonésia e menos chuvas sobre o Pacífico central.
Para que se declare um evento de La Niña é preciso que tanto o oceano quanto a atmosfera mostrem tais mudanças, pois as interações entre eles ajudam a La Niña a se formar e a se estabelecer por vários meses.
De acordo com o último boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, publicado no começo desta semana, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste (região Niño 3.4) está em -0,6ºC.
O dado mais relevante, com ou sem declaração de evento de La Niña, é que a atmosfera no Pacifico apresenta um padrão de circulação hoje que corresponde ao fenômeno, mesmo que não esteja declarado oficialmente, o que terá inevitavelmente impactos no clima durante os próximos meses.
Isso pode determinar períodos mais prolongados de chuva irregular e em vários pontos abaixo da média no Sul do Brasil, particularmente no Rio Grande do Sul e em especial no Oeste gaúcho, períodos de chuva acima a muito acima da média em diversas áreas entre o Centro-Oeste e o Sudeste, e aumento da chuva em parte do Nordeste brasileiro, de acordo com a análise da MetSul Meteorologia.