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Trump terá dificuldades para aprovar indicações no Senado, avaliam republicanos

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, completou a escolha dos altos cargos de seu governo. Aliados de Trump, no entanto, temem que alguns dos nomes sejam barrados pelo congresso.

A avaliação de interlocutores é que parte das escolhas do republicano representam uma demonstração de lealdade ao seu movimento, o Make America Great Again – ou MAGA.

Um dos nomes contestados é o do ex-apresentador da Fox News, Pete Hegseth, para comandar a secretaria de Defesa. Conforme revelado por apuração da CNN Internacional, o ex-âncora, no entanto, é acusado de agredir sexualmente uma mulher na Califórnia, em 2017.

Em depoimento à polícia do estado, Pete nega a acusação e afirma que o encontro foi consensual.

Além de Pete, as indicações de Robert F. Kennedy Jr., Marco Rubio e Linda McMahon também se tornaram controversas. RFK, que comandará a saúde, questionou a eficácia de imunizantes e promoveu teorias anti-vacinação durante a pandemia de COVID-19.

Veja indicações de Trump para o novo governo • CNN

Rubio, por sua vez, será o chefe da diplomacia dos Estados Unidos. Ele costuma tratar de forma dura e agressiva os governos chineses e venezuelanos. E McMahol fará parte da secretaria de educação. Ela é cofundadora do WWE, competição de luta livre americana.

McMahol promete, junto de Trump, que o controle do ensino seja dissipado entre os estados – e não centralizado pelo governo americano.

A ex-deputada Tulsi Gabbard foi indicada para liderar os serviços de inteligência americanos. Gabbard está em uma lista de vigilância aérea, que identifica indivíduos que podem representar um risco de segurança com base nos padrões de viagem.

Pam Bondi foi indicada à função de procuradora-geral após a desistência de Matt Gaetz, acusado de crimes sexuais e uso de drogas ilícitas – ele nega. Bondi foi procuradora da Flórida por 20 anos e sempre teve o carinho de Trump e dos republicanos. Os partidários a consideram uma escolha sólida.

Outro grupo de convidados é tratado como “as escolhas para acalmar o mercado”. O principal nome dessa lista é Scott Bessent, que ficará no tesouro americano. Bessent aconselhou Trump durante a campanha presidencial e demorou, segundo interlocutores, para aderir ao MAGA.

O bilionário é favorável à implementação das tarifas prometidas por Trump, mas prometeu que elas serão concebidas de forma lenta.

Mesmo assim, aliados de Trump se preocupam com a análise dos congressistas sobre as indicações.

Todos os nomes precisam ser aprovados pelo Senado americano – que não barra alguma candidatura em mais de 30 anos. No entanto, a avaliação é que algumas indicações podem ficar pelo caminho.

Parte dos republicanos teme que os escolhidos do presidente eleito não estejam aptos para exercer as funções previstas. Esse movimento mostra o primeiro obstáculo de Trump nas casas legislativas, mesmo com seu partido tendo a maioria no Senado e na Casa dos Representantes.

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