O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, foi reeleito para um segundo mandato à frente do Consórcio Brasil Verde. A decisão foi tomada em assembleia virtual realizada na quarta-feira (12), reunindo governadores e secretários de Meio Ambiente dos estados membros.
O novo mandato terá duração de dois anos, consolidando a liderança de Casagrande em iniciativas voltadas à sustentabilidade e às mudanças climáticas no país.
Casagrande e a Participação do Consórcio na COP30
Durante a reunião, Casagrande destacou a relevância da organização da participação do Consórcio Brasil Verde na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro.
O evento anual é um dos mais importantes do mundo na discussão sobre o clima e conta com a presença de líderes globais, cientistas, representantes de organizações não governamentais e da sociedade civil.
“Nestes últimos dois anos, trabalhamos para compreender e organizar a parte burocrática do Consórcio Brasil Verde. Agora, com a aproximação da COP30, temos a oportunidade de apresentar nossas iniciativas de maneira estruturada.
Nosso objetivo é garantir um estande do Consórcio durante o evento, fortalecendo nossa parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima”, afirmou o governador.
O Cenário Global e os Desafios Climáticos
Casagrande também abordou o contexto internacional das mudanças climáticas, destacando a importância da cooperação entre os estados brasileiros e parceiros internacionais.
Ele mencionou a incerteza gerada pela transição de governo nos Estados Unidos e a necessidade de manter um diálogo ativo com estados norte-americanos que seguem comprometidos com a agenda climática global.
“O ano é desafiador devido às mudanças no governo dos Estados Unidos, mas vemos oportunidades para fortalecer laços com estados norte-americanos que discordam do afastamento do país das discussões climáticas.
Nosso objetivo é ampliar a colaboração entre federações e promover programas de mudanças climáticas em todo o Brasil”, ressaltou.
A Estrutura do Consórcio Brasil Verde e seus Biomas
O Consórcio Brasil Verde é composto por 21 entes federados e possui uma estrutura que inclui a coordenação de diferentes biomas brasileiros. Durante a assembleia, foram eleitos os coordenadores responsáveis por cada um dos biomas:
- Pampa: Eduardo Leite (Rio Grande do Sul);
- Mata Atlântica: Ratinho Júnior (Paraná);
- Pantanal: Eduardo Ridel (Mato Grosso do Sul);
- Cerrado: Ronaldo Caiado (Goiás);
- Caatinga: João Azevedo (Paraíba);
- Amazônia: Gladson Cameli (Acre).
Essa estrutura visa garantir uma gestão eficiente e adaptada às particularidades de cada região, permitindo o desenvolvimento de ações concretas para a preservação ambiental e a sustentabilidade.
Parceria Internacional com o Governo da Califórnia
Em fevereiro deste ano, o Consórcio Brasil Verde firmou um Memorando de Entendimento (MOU) com o Governo da Califórnia, reforçando a cooperação para enfrentar desafios climáticos, conservar a biodiversidade e reduzir a poluição.
O acordo prevê o desenvolvimento de projetos de resiliência e adaptação climática, áreas nas quais a Califórnia possui expertise reconhecida mundialmente.
A parceria internacional evidencia a importância da colaboração entre estados e países na busca por soluções sustentáveis para o planeta.
Com isso, o Consórcio Brasil Verde fortalece seu papel como protagonista nas discussões ambientais e na implementação de políticas climáticas eficazes.
Conclusão
A reeleição de Renato Casagrande como presidente do Consórcio Brasil Verde reafirma o compromisso do Espírito Santo e dos demais estados membros com a agenda climática.
A aproximação com a COP30 e a parceria com a Califórnia demonstram um avanço significativo nas estratégias para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Com um plano de ação estruturado e uma gestão eficiente, o Consórcio Brasil Verde se posiciona como uma referência nacional e internacional no desenvolvimento de políticas sustentáveis.
A expectativa é que as iniciativas implementadas ao longo dos próximos anos tragam resultados concretos na redução das emissões de gases de efeito estufa e na promoção de um futuro mais verde para as próximas gerações.
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