Vila Velha dá exemplo de sensibilidade ao priorizar conforto para pessoas com necessidades especiais e bem-estar animal nas festas de fim de ano.
Celebrar o Réveillon é tradição em todo o Brasil, mas o espetáculo de fogos de artifício, embora encantador, pode causar desconforto e até sofrimento a grupos específicos, como pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), idosos e animais. Pensando nisso, a Prefeitura de Vila Velha se destaca ao adotar medidas inclusivas e responsáveis. Além de promover pelo terceiro ano consecutivo um show de fogos de baixo ruído, o município está distribuindo abafadores de som para pessoas com TEA, reforçando o compromisso com a inclusão.
Dos 1.000 abafadores disponibilizados, 609 já foram entregues, demonstrando a alta procura e relevância da iniciativa. A ação, que também contempla moradores de outras cidades mediante apresentação de carteirinha de autista ou laudo médico, terá pontos de retirada estratégicos até o último dia do ano.
Embora simbolizem alegria, os fogos de artifício podem desencadear reações adversas. Pessoas no espectro autista, por exemplo, frequentemente apresentam hipersensibilidade auditiva, tornando o som alto e repentino dos fogos extremamente angustiante. Além disso, idosos e bebês podem sofrer de irritação e estresse devido ao barulho.
Nos animais, o impacto é ainda mais evidente. Cães, com audição muito mais sensível que a humana, costumam entrar em pânico durante as queimas de fogos, resultando em comportamentos como fuga, automutilação e, em casos extremos, paradas cardíacas. Gatos, aves e até animais silvestres também não escapam dos efeitos.
Segundo veterinários, o uso de fogos de baixo ruído é uma alternativa que preserva a beleza visual das celebrações sem causar sofrimento desnecessário. Essa abordagem respeitosa vem ganhando força em várias cidades, com Vila Velha se consolidando como referência.
Que em 2025 mais cidades sigam esse exemplo, promovendo festas que encantem sem ferir.
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