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Pai denuncia filho de 14 anos por apologia ao nazismo no Espírito Santo

Um pai fez um boletim de ocorrência contra seu próprio filho de 14 anos por possuir material nazista e neonazista, em Vila Velha, litoral de Espírito Santo. O caso ocorreu em fevereiro deste ano. A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou uma coletiva de imprensa com os dados da investigação, na última quinta-feira (26).

Segundo a Polícia Civil, o pai teria encontrado no celular do filho materiais relacionados ao nazismo, que ele estaria interessado e fazendo adorações à ideologia dos nazistas. Ele também encontrou duas bandeiras com a suástica nazista e ficou preocupado com as atitudes do filho.

Ao ser questionado, o adolescente confirmou os fatos e informou que no primeiro momento, ele tinha apenas interesse histórico em relação a Hitler, ao nazismo e a Segunda Guerra Mundial, mas que um acontecimento na sua escola havia mudado a situação.

O ocorrido em questão, seria um episódio em que um colega de classe negro, começou a “ser preconceituoso” com pessoas brancas, a partir desse fato, ele começou a nutrir um sentimento de ódio contra quem não fosse de sua “raça”, não fosse branco e, começou a se interessar cada vez mais em consumir esse tipo de material e acessar grupos virtuais que reuniam pessoas com o pensamento parecido ao dele.

Ele acrescentou que não gostava de judeus e que tinha ódio de pessoas que não fossem alinhadas a supremacia branca, e justificou que ele não sabia que possuir esse tipo de material e ter essa ideologia era crime.

A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, atuaram nas investigações. Com um mandado de busca e apreensão, a Polícia foi até a casa do menor, onde encontraram o material descrito pelo pai e o celular do adolescente, que continha grupos nas redes sociais com troca de mensagens de conteúdo nazista, que faziam adoração a Hitler e a Suástica.

Em relação aos grupos na internet, as investigações mostraram que a maioria das pessoas eram estrangeiras e conversavam em inglês e alemão.

O celular e os materiais encontrados na casa foram apreendidos.

A mãe do adolescente contou à Polícia que ele iniciou tratamento psicológico por três meses, mas que devido a condições financeiras tiveram que parar com a terapia. Devido a isso, o Conselho Tutelar foi acionado e o menor encaminhado para a Justiça.

De acordo com a Polícia, esse caso foi uma prioridade, porque segundo eles, em muitos casos de ameaças e atentados nas escolas, os agressores consomem esse tipo de material, muitas vezes copiando vestimentas com referência ao nazismo.

Por isso, consumir esse material poderia acarretar ao jovem no futuro praticar um atentado na comunidade escolar.

Sobre futuras investigações, a Polícia Civil afirmou que o caso por eles foi encerrado, mas que pode voltar a ser investigado com um novo encaminhamento policial se o problema persistir, além disso também acrescentam que o caso deve ser tratado não como um problema policial, mas um problema de tratamento psicológico.

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