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Motoclube mais antigo do ES comemora 26 anos

Apaixonados por motores poderão aproveitar dois dias de shows, gastronomia, exposição de carros antigos, motos e bons encontros. Essa é a proposta do evento aberto ao público em comemoração aos 26 anos dos Répteis do Asfalto Moto Clube (RAMC), o motoclube mais antigo do Espírito Santo.

O 11º Vila Velha Motofest acontece nesta sexta-feira (29) e sábado (30), no Parque Urbano de Cocal. 

De acordo com o presidente do RAMC, Carlos Lins, seis bandas passarão pelo palco nos dois dias de evento, além dos  foodtrucks de bebidas e comidas. “É um evento voltado para o público amante dos motores, seja carro ou moto. Teremos exposição de carros antigos e fabricantes dando a oportunidade da pessoa que ainda não decidiu qual motocicleta adquirir, ver de perto tais máquinas”, disse.  

Há 18 anos como réptil, José Ronaldo Novaes está cheio de expectativa para a festa. “Mais um ano do nosso evento e realizamos com muita satisfação. É muito trabalho, mas também muito prazeroso comemorar o aniversário do RAMC, poder receber os irmãos motociclistas no evento, mais um ano de vitória, isso não tem preço. O evento traz união dos motociclistas, inclusive a velha guarda. Sendo o motoclube mais antigo do estado, as pessoas que andam de moto há muitos anos conhecem e se reúnem no nosso evento”. 

Répteis do Asfalto

Integrante há quatro anos, Lins, conhecido como Barba, fala da proposta e o que é o moto clube.

“A proposta dos Répteis sempre foi voltada para ter um número de integrantes que não se sentissem apenas mais um, mas parte de algo real e palpável. Sempre fomos seletivos buscando com que os novos candidatos já chegassem sabendo que fazer parte de um MC está longe de ser apenas uma realização própria ou uma tentativa de afogar suas frustrações pela sensação de liberdade. Um MC possui um propósito maior, requer uma dedicação muito grande e acima de tudo que a pessoa seja resiliente”, destacou.

Motoclube mais antigo do ES comemora 26 anos
Pão Seco já dentro do clube

O mineiro João Paulo Lott, ou o réptil “Pão Seco”, se encontrou no grupo após viver no Espírito Santo sozinho. “Eu morava há três anos sozinho no estado e não conhecia muitas pessoas. Sempre ouvia falar dos Répteis como referência de motociclismo no estado. Desde o primeiro contato, no antigo point (ponto de encontro), quis entrar para o Clube, que era tido como um dos mais difíceis de entrar. Ainda na época da velha guarda de Ruy, Walney, Rômulo e Cowboy”, lembrou. 

Nesses 17 anos de estrada, foram longas viagens. De Vila Velha para Montevidéu no Uruguai, Belo Horizonte passando por Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai (Deserto do Atacama) e 26 estados. “Das 27 unidades federativas, não fui de moto em apenas uma, que é o Amapá, mas ainda vou lá”, garante. 

O presidente do RAMC explica que para ser integrante é necessário passar por longo processo. Os candidatos precisam, antes mesmo de ter seu nome apresentado, frequentar os points, realizar alguns passeios e conhecer outros motoclubes para que tenha visão mais ampla do que há ao redor e se a filosofia do Répteis do Asfalto é a que realmente se encaixa mais na vida dele.

“Uma vez decidido, ele escolhe um padrinho que vai levar seu nome à mesa para ser aprovado e entrar no período probatório de 1 ano. Onde ele precisa ser aprovado por unanimidade e ter realizado uma viagem de 1000km ou duas viagens para fora do estado em eventos oficiais. Só então ele passa por um batismo simbólico e enfim atinge o status de Integrante”, finalizou o presidente. 

O colete e a estrada

Motoclube mais antigo do ES comemora 26 anos
José Ronaldo – Foto: reprodução/redes sociais

José Ronaldo, que nunca fez parte de outro moto clube, conta que sua viagem mais longa foi a Machu Picchu, no Peru, levando o nome dos Répteis do Asfalto.

“Comprei minha primeira moto de manhã, à noite eu fui no antigo point, nunca fui integrante de outro motoclube. Fui para me apresentar e dizer que gostaria de entrar e fui abraçado. Todas minhas viagens foram representando o moto clube, nunca fui sem colete. Fui ao Peru passando pelo Acre, depois à Bolívia e voltamos para casa”.

Zé frisa que o colete usado pelo motoclube é parte do corpo. “O colete é minha segunda pele, minha identidade, minha identificação em cima da moto. Significa que pertenço a um grupo e uma tribo. Posso chegar nos eventos de motociclista e sou muito bem vindo. Inclusive, na estrada o uso do colete significa que somos diferentes, que não se trata de um motoqueiro, mostra que somos motociclistas seguindo regras”.

Motoclube mais antigo do ES comemora 26 anos
Gustavo Zanol no Chile

Gustavo Zanol, integrante há 13 anos, descreve que já levou o nome do motoclube a sete países, e no Brasil perdeu as contas dos estados. “No Brasil, em muitos estados e cidades. Não consigo quantificar. Fora do Brasil, já levei o nome do RAMC para o Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Bolívia e Estados Unidos. Usar o colete para mim representa uma irmandade em que todos se protegem, se respeitam e convivem. Inclusive a família”, frisou. 

Falando em estrada, o grupo já rodou por muitos lugares sobre a moto. “Quando a gente viaja de moto, somos parte da estrada, parte da paisagem, a sensação do vento batendo no rosto, a aceleração, o motor embaixo de onde estamos sentados, tudo é diferente”.  

Motoclube mais antigo do ES comemora 26 anos

José Ronaldo menciona que fazer parte da estrada vai além da percepção dele.

“Uma experiência e exemplo disso foi um momento que estávamos nos Altos Andes atravessando da Argentina para o Chile. Paramos para fazer fotos da neve e tudo. Neste momento, passou um ônibus de excursão e o motorista reduziu a velocidade. Se tratava de um grupo de japoneses e eles estavam tirando fotos nossas, confirmamos ali que somos parte do visual, parte do que eles estavam fotografando”. 

João Paulo relata que a estrada tem riscos, mas esclarece que com responsabilidade, vale a pena. “Todo motociclista tem algo lá no fundo que é inexplicável. A sensação de liberdade na estrada e principalmente de grandes desafios e dificuldades, me encantam. Fazer uma viagem de moto é muito mais do que apenas pilotar. A estrada ajuda a moldar o caráter e a superar os medos. Sempre vale a pena”. 

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