O documentário “Jongo de Memória de Marataízes – Maria Preta e Zé Porto” destaca a importância cultural do jongo na Barra do Itapemirim, mostrando como essa tradição afro-brasileira resistiu ao preconceito e se manteve viva ao longo dos anos. Com depoimentos de historiadores e moradores, o filme também serve como uma ferramenta educativa em escolas, promovendo a valorização da cultura local e reforçando a identidade do povo marataizense.
O curta-metragem “Jongo de Memória de Marataízes – Maria Preta e Zé Porto” documenta a rica história do jongo na Barra do Itapemirim e sua luta contra o esquecimento.
O filme resgata memórias e depoimentos de historiadores, moradores e descendentes de antigos jongueiros, mostrando como essa expressão cultural resistiu ao tempo e ao preconceito.
História do Jongo na Barra do Itapemirim
O jongo é uma expressão cultural rica e significativa que tem suas raízes na Barra do Itapemirim, no Espírito Santo.
Este ritmo e dança afro-brasileira é uma das manifestações mais antigas da cultura negra no Brasil, e sua história está intrinsecamente ligada à luta contra o preconceito e à preservação das tradições.
Historicamente, o jongo era uma parte essencial das festividades populares, como a Festa das Canoas e as celebrações em honra a Nossa Senhora dos Navegantes.
Durante os anos 1940, o renomado cronista Rubem Braga registrou a vibrante presença do jongo nas festas, destacando figuras como Benedito Calunga, um dos mais notáveis dançarinos da época.
Entretanto, com o passar do tempo, o jongo enfrentou um processo de repressão devido ao preconceito estrutural.
Essa marginalização levou à sua transformação, fazendo com que o jongo fosse muitas vezes escondido em outras festividades, como as festas juninas, onde os tambores continuavam a tocar, mantendo viva a cultura afrodescendente.
O curta-metragem “Jongo de Memória de Marataízes” busca resgatar essa história, trazendo à tona os depoimentos de personagens como Dona Jacirema e Jaciele Candal Gomes, que compartilham suas memórias e a importância do jongo em suas vidas.
O documentário é um testemunho da resistência dessa tradição cultural, que, mesmo em tempos difíceis, conseguiu se manter viva entre as novas gerações.
Importância do Documentário para a Cultura Local
O documentário “Jongo de Memória de Marataízes – Maria Preta e Zé Porto” é mais do que uma simples produção cinematográfica; é um verdadeiro ato de resistência cultural.
Ao resgatar a história do jongo na Barra do Itapemirim, o curta-metragem desempenha um papel crucial na preservação da identidade cultural local.
Com a participação de historiadores, moradores e descendentes de jongueiros, o filme documenta memórias que poderiam ser esquecidas, trazendo à luz a rica tradição do jongo e sua importância nas festividades da região.
Através de depoimentos emocionantes, como o de Vergílio Pereira, de 97 anos, que ainda entoa versos do jongo, o documentário conecta as gerações passadas com as atuais, reforçando a continuidade dessa expressão cultural.
Além disso, o curta-metragem é uma ferramenta educativa. A diretora Bárbara Pérez planejou exibições do filme em escolas e na sede da APAE de Marataízes, promovendo oficinas e palestras que visam ensinar e valorizar a cultura local entre os jovens.
Isso não só ajuda a manter viva a tradição do jongo, mas também estimula o orgulho cultural e a conscientização sobre a herança afrodescendente na comunidade.
Portanto, o documentário não é apenas um registro histórico; é um convite para que as novas gerações conheçam e celebrem suas raízes, garantindo que o jongo continue a ser uma parte vibrante da cultura de Marataízes.
Exibições presenciais e transmissão on-line
O lançamento oficial do documentário acontecerá no YouTube, permitindo que um público amplo tenha acesso à produção. Além disso, serão realizadas exibições presenciais em escolas estaduais de Marataízes e na sede da APAE, com datas a serem definidas.
A iniciativa conta com apoio da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (Minc) e da Secretaria da Cultura (Secult), reforçando a importância de políticas públicas para a valorização das expressões culturais populares.
Equipe técnica e trilha sonora
A produção do curta-metragem envolveu uma equipe técnica altamente qualificada, com destaque para a direção de Bárbara Pérez e Dr. Sérgio Dário Machado e a direção de fotografia de André Luís Soares.
A trilha sonora foi criada em homenagem a Ricardo de Oliveira Lemos, um dos grandes nomes do jongo local, ressaltando a musicalidade e emoção que essa manifestação carrega.
um marco para a cultura de Marataízes
A I Mostra de Audiovisual do Jongo de Memória de Marataízes não é apenas um filme, mas um movimento de valorização cultural e histórica. Por meio dele, a ancestralidade do povo jongueiro ganha um novo fôlego, sendo transmitida para as futuras gerações com o devido reconhecimento.
Se você deseja conhecer mais sobre essa tradição e apoiar a preservação da cultura afro-brasileira, acompanhe o lançamento do documentário no canal Encantos do Vale e Cultura Popular no YouTube.
Serviço
- Evento: Lançamento do curta-metragem “I Mostra de Audiovisual do Jongo de Memória de Marataízes – Maria Preta e Zé Porto”
- Data: Quarta-feira (19)
- Horário: 22h
- Onde assistir: [YouTube – Encantos do Vale e Cultura Popular]
- Exibições presenciais: Escolas estaduais e sede da APAE de Marataízes (datas a definir)
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