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instituto alerta para os golpes mais comuns

A Black Friday é uma campanha de vendas que oferece descontos de até 80% nas lojas credenciadas. Foto: Redação TN

Um dos períodos de maior venda do ano, esperado por varejistas, consumidores e todos os demais, a Black Friday também costuma ser caminho para os crimes cibernéticos. Confira como ir às compras de forma segura nesta sexta-feira (29).

Estima-se que, somente neste período em 2023, o Brasil tenha registrado um aumento de mais de 70% em tentativas de fraudes. A expectativa para este ano é preocupante. De acordo com o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), o Brasil é um campo propício para a proliferação desses ataques, com uma população altamente conectada (cerca de 464 milhões de dispositivos digitais, que vão de celulares a computadores).

“A maior parte dos cidadãos brasileiros, porém, não está habituada a cuidados primários, como o ajuste das configurações de segurança do celular, ações simples que podem ajudar a mitigar os riscos envolvidos e evitar prejuízos financeiros, morais e emocionais”, aponta o instituto.

Principais golpes

Durante a Black Friday, o aumento do volume de compras cria oportunidades para diversos tipos de golpes e fraudes. Veja então os crimes mais comuns, segundo Fábio Diniz, presidente do INCC:

  • Falsos sites de compras: Criminosos criam sites falsos que simulam lojas legítimas, oferecendo grandes descontos para atrair consumidores. Após o pagamento, o produto nunca é entregue, ou os dados do comprador são usados para fraudes.

Como evitar: Verifique o domínio do site, procure por avaliações, e prefira pagar por meios seguros, como cartões virtuais.

  • Ofertas irrealistas: Produtos de alto valor são oferecidos com descontos muito superiores aos normais para enganar consumidores desatentos. Muitas vezes, as ofertas são feitas via redes sociais ou e-mails.

Como evitar: Desconfie de descontos exagerados e compare preços em plataformas confiáveis.

  • Golpes de phishing: E-mails, mensagens de texto ou links maliciosos prometem descontos ou brindes, mas, na verdade, coletam dados pessoais, bancários ou de cartões de crédito.

Como evitar: Não clique em links suspeitos e sempre acesse o site da loja diretamente pelo navegador.

  • Fraudes com cartões de crédito: Hackers usam dados roubados de cartões de crédito para fazer compras online durante a Black Friday, aproveitando o alto volume de transações para dificultar a detecção.

Como evitar: Monitore constantemente as transações do seu cartão e use cartões virtuais temporários para compras online.

  • Lojas fantasma em redes sociais: Perfis em redes sociais promovem produtos com preços atraentes, mas, após o pagamento, o comprador não recebe nada. Essas lojas desaparecem após a Black Friday.

Como evitar: Pesquise sobre a loja, verifique comentários e desconfie de contas sem histórico ou muito recentes.

Dicas para se proteger

O especialista do INCC destaca as principais dicas para evitar fraudes na Black Friday:

1. Pesquise a reputação da loja. Consulte sites como Reclame Aqui e Procon;

2. Use métodos de pagamento seguros, como cartões virtuais e plataformas confiáveis (PayPal e Mercado Pago, por exemplo);

3. Verifique o certificado de segurança do site. Procure pelo cadeado no navegador e o prefixo “https”;

4. Evite links recebidos por mensagem. Sempre acesse sites de promoções diretamente pelo navegador.

Segurança digital

Com exceção das compras online, utilizando dados vazados (previamente ao período da Black Friday) de cartão de crédito (da vítima), todos os outros golpes necessitam, obrigatoriamente, da CONDUTA ATIVA da vítima, pois nada mais são do que variantes do velho e conhecido golpe de estelionato (artigo 171 do código penal). “O comportamento seguro e desconfiado, mais do que qualquer tecnologia de segurança, é o que realmente fará a diferença entre cair ou não na tentativa de golpe”, reforça Diniz.

Para o especialista, a atenção deve ser de todos. “Os ataques não vão acontecer somente no computador pessoal, em casa. Podem acontecer também no ambiente corporativo, ao acessar sites e informações desconhecidas; no celular, até mesmo em links gerados por algoritmo e muitas outras formas. Por isso, toda informação é válida e é preciso ter cuidado sempre”, destaca o especialista, em referência ao Guia Prático para a Segurança Digital, desenvolvido pelo INCC e disponível a toda a sociedade.

O Brasil é um dos países mais vulneráveis a ciberataques e o uso cada vez maior da Inteligência Artificial está abrindo caminhos para que os criminosos digitais tenham novas possibilidades para os ataques.

“A segurança cibernética não é apenas uma responsabilidade individual, empresarial ou do poder público, mas uma necessidade coletiva que afeta nossas vidas, nossas informações sensíveis e a segurança de nossas famílias. Com o Guia Prático, esperamos deixar uma contribuição de valor e trazer ainda mais luz para esse assunto cada vez mais urgente. Conhecendo as diversas modalidades de ataques e adotando medidas básicas de segurança digital, fortalecemos não apenas a nossa própria segurança, mas também a integridade de nossas instituições e da própria sociedade”, finaliza Luana Tavares, fundadora e CEO do INCC.

Sobre o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime – INCC

O Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) foi fundado em 2023 com o propósito de colaborar para a promoção de um ambiente digital mais seguro para todos.

Com atuação apartidária e independente na construção de projetos, pesquisas, parcerias e ações de advocacy, tem o compromisso de promover conscientização, prevenção e respostas eficazes a ameaças digitais, capazes de garantir o efetivo enfrentamento dos problemas relacionados à cibersegurança e aos cibercrimes no Brasil.

O instituto tem firmadas alianças estratégicas e cooperações técnicas com entidades nacionais e internacionais que atuam na temática da segurança cibernética, no combate a crimes digitais e às organizações criminosas. Entre elas estão: Gabinete de Segurança Nacional da Presidência da República (GSI), Polícia Federal, Polícia Militar do Estado de São Paulo, Polícia Civil da Cidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, FIESP, FecomercioSP, Febraban, CNI, Abrasca, (International Chamber of Commerce (ICC), entre outras. Mais informações no site https://incc.org.br/.

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