Uma operação realizada nesta quinta-feira (28), resultou em 896 infrações registradas e 49 veículos removidos. A ação aconteceu nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Viana, Serra, Guarapari, Itapemirim, Marataízes, Baixo Guandu, Linhares e Anchieta. Condutores sem habilitação, licenciamento vencido e escapamentos irregulares foram notificados.
De acordo com a o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), responsável por coordenar a operação “Cavalo de Aço”, diversos órgãos relacionados ao trânsito, à segurança pública e à saúde, fizeram parte da operação que faz parte do programa Força Pela Vida e do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que prevê ações voltadas para reduzir o índice de mortes no trânsito.
O Detran destaca que nos municípios foram identificados e notificados condutores de motocicletas dirigindo sem ter habilitação, com calçado inadequado, capacete mal ajustado, sem equipamentos obrigatórios, com veículos em mau estado de conservação, com licenciamento vencido, e ainda com escapamento irregular produzindo ruído que perturba o sossego público. Reforçou ainda que essas e outras infrações de trânsito relacionadas a motocicletas foram o foco da Operação “Cavalo de Aço”, que abordou 1.729 condutores, desse número, apenas 19 foram motoristas de carro.
O gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran|ES, Jederson Lobato, destacou o foco dessa fiscalização em motociclistas. “É uma ação com proporção no Estado e com foco em motocicletas, porque mais da metade dos óbitos no trânsito envolvem justamente esse público, o motociclista. A intenção das operações é identificar condutas que contribuem para esse número, como, por exemplo, andar sem capacete ou com capacete inadequado, de chinelo, com a moto em mau estado de conservação (pneu careca) e muitos condutores inabilitados costumam ser abordados nesse tipo de fiscalização. Então, esse é o foco. Proteger a vida e levar segurança para o cidadão capixaba”, disse Lobato.
O tenente-coronel Leonardo Nunes Barreto, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), relatou a relevância das operações integradas na busca pela pacificação no trânsito, mas reforçou a importância de um comportamento consciente por parte do condutor, principalmente os motociclistas.
“As operações integradas fazem parte do nosso escopo estratégico para reduzir o número de sinistros. No entanto, sem a participação consciente dos condutores não conseguiremos alcançar nosso principal objetivo, que é salvar vidas”, afirmou.
O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), delegado Maurício Gonçalves da Rocha, reforçou a importância da continuidade das operações que integram o programa “Força pela Vida”. “Nosso objetivo é combater as infrações e condutas irregulares
que colocam em risco a segurança nas vias. Sabemos que as motocicletas são frequentemente envolvidas em acidentes graves, e, por isso, estamos intensificando a abordagem, a fim de identificar veículos irregulares, condutores sem habilitação, além de coibir o uso de equipamentos de segurança inadequados”, frisou.
Rocha reforçou ainda que a ação foi realizada para garantir e relembrar os motociclistas a importância de seguir as leis de trânsito. “A operação também visa garantir que os motociclistas respeitem as leis de trânsito, promovendo um trânsito mais seguro para todos. Reforçamos que as ações continuarão e contamos com a colaboração da população para reduzir os índices de acidentes e promover a responsabilidade no trânsito”, completou Rocha.
Adulteração de veículos
O perito oficial-geral da Polícia Científica, Carlos Alberto Dal-Cin, explicou que durante a operação podem ser identificadas possíveis adulterações nos veículos e, nesse cenário, os peritos da Polícia Científica estiveram disponíveis na fiscalização para confirmar a infração e assegurar a responsabilização do condutor.
“O crime de adulteração veicular está frequentemente associado a outros delitos, como clonagem, furto e roubo. Além disso, veículos ilegais são potencialmente perigosos no trânsito, aumentando o risco de acidentes. Portanto, a atuação da Polícia Científica, integrada com as demais forças de segurança, visa a combater esses crimes, contribuindo dessa forma para a segurança no trânsito”, detalhou o perito Dal-Cin.
Principais infrações
O detran pontuou as principais infrações cometidas pelos condutores, nelas, 411 estavam ligadas a conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado, 34 por dirigir veículo sem ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH), PPPD ou ACC, 31 infrações por conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, 25 relacionadas a dirigir o veículo usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais, 17 por dirigir veículo com validade de CNH vencida há mais de 30 dias, 14 delas por permitir posse e condução do veículo a pessoa sem CNH, PPD ou ACC e 05 por conduzir o veículo com silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante.
Mortes no trânsito
O número de mortes no trânsito, em 2024, no Estado já superou em 20,8% o registrado no mesmo período de 2023. De janeiro a outubro deste ano, 820 pessoas perderam a vida em sinistros (acidentes) de trânsito no Estado, contra 679 pessoas que morreram nas vias capixabas no mesmo período de 2023.
Das vítimas fatais do trânsito no Estado, de janeiro a outubro de 2024, um total de 416 pessoas eram motociclistas, o que corresponde a 50,7% de todos os óbitos registrados. As mortes superam em 23,4% o número de vítimas no mesmo período do ano passado, quando 337 motociclistas morreram em sinistros de trânsito.