O final do ano escolar é um período marcado por provas, recuperações e conclusão de ciclos escolares. Estas situações podem desencadear níveis elevados de ansiedade entre os estudantes. De acordo com dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking mundial de pessoas ansiosas, com cerca de 18,6 milhões de brasileiros – 9,3% da população – convivendo com esse transtorno, muitos deles jovens e crianças.
O pediatra Cláudio Ortega, de Niterói, oferece orientações para que alunos e pais possam lidar melhor com a ansiedade nesse período:
1. Estabeleça uma rotina de estudos
“Organizar um cronograma de estudos ajuda a distribuir o conteúdo de forma equilibrada, evitando a sobrecarga e proporcionando tempo para revisões e descanso”, aconselha Ortega. A criação de um plano de estudos realista permite que o aluno se sinta mais preparado e confiante para as avaliações.
2. Mantenha hábitos de vida saudáveis
“Uma alimentação balanceada, sono adequado e a prática regular de exercícios físicos são fundamentais para o bem-estar físico e mental”, destaca Ortega. Esses hábitos contribuem para a redução dos níveis de estresse e melhoram a capacidade de concentração.
3. Evite comparações e pressões externas
“Cada aluno tem seu próprio ritmo de aprendizado. Comparar-se com colegas pode aumentar a ansiedade e a sensação de inadequação”, alerta o pediatra. É importante que os pais incentivem e apoiem seus filhos, evitando cobranças excessivas.
4. Busque apoio quando necessário
“Se a ansiedade estiver interferindo significativamente no desempenho escolar ou na qualidade de vida, é recomendável procurar a ajuda de um profissional de saúde mental”, orienta Ortega. O acompanhamento psicológico pode fornecer estratégias personalizadas para lidar com a ansiedade.
5. Compartilhe os sinais com o pediatra
“É fundamental que os pais fiquem atentos a sinais de ansiedade nos filhos e compartilhem essas observações com o pediatra”, aconselha Cláudio Ortega. Segundo o pediatra, sintomas como irritabilidade, insônia, dores de cabeça e até problemas digestivos podem estar ligados à ansiedade. “A ansiedade não afeta apenas a mente, mas pode causar manifestações físicas significativas nas crianças, como dores no corpo, falta de apetite ou cansaço excessivo,” explica Ortega.
O pediatra reforça que, ao identificar esses sinais, o acompanhamento médico pode ajudar a criar uma estratégia eficaz para gerenciar o problema e garantir que a saúde física e emocional da criança sejam preservadas. “Não hesite em procurar ajuda caso os sintomas persistam. A ansiedade, quando não tratada, pode se intensificar e comprometer o bem-estar geral da criança.”