A saída dos Estados Unidos da OMS em 2026 resultará em cortes de custos na organização, que depende de 18% de seu orçamento do financiamento americano, afetando sua capacidade de operação e influência nas políticas de saúde global, permitindo que países como a China aumentem sua presença na agência.
A OMS cortará custos e revisará quais programas de saúde priorizar após os EUA anunciarem sua saída, disse seu chefe, Tedros Adhanom Ghebreyesus, à equipe em um memorando interno visto pela Reuters.
Cortes de Custos na OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que irá implementar uma série de cortes de custos significativos após a confirmação da saída dos Estados Unidos da organização, programada para 22 de janeiro de 2026.
Em um memorando interno, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, destacou que a situação financeira da agência se tornou “mais aguda” com a retirada dos EUA, que são o maior financiador da organização, contribuindo com cerca de 18% do orçamento geral.
Como parte das medidas de economia, a OMS planeja reduzir despesas de viagem e interromper o recrutamento de novos funcionários. Essas ações visam garantir a continuidade dos serviços essenciais da organização, mesmo com a diminuição dos recursos financeiros.
O orçamento bienal mais recente da OMS, que abrange 2024-2025, totaliza aproximadamente US$ 6,8 bilhões. Com a saída dos EUA, a OMS se vê obrigada a reavaliar suas prioridades e programas de saúde, focando na eficiência e na maximização dos recursos disponíveis.
Um porta-voz da OMS confirmou a autenticidade do memorando, mas não forneceu mais detalhes sobre os cortes específicos que serão realizados. A expectativa é que a organização busque alternativas para mitigar os impactos dessa perda financeira, enquanto continua a enfrentar desafios globais de saúde.
Impacto da Saída dos EUA na Organização
A saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS) representa um desafio significativo para a agência, que já enfrenta uma série de crises de saúde globais.
Com os EUA contribuindo com cerca de 18% do orçamento geral da OMS, a retirada não apenas afeta as finanças, mas também a capacidade da organização de implementar programas de saúde eficazes.
O anúncio feito por Donald Trump, no início de seu segundo mandato, de que os EUA deixariam a OMS, foi justificado pela alegação de que a agência lidou mal com a pandemia de COVID-19 e outras crises internacionais.
Essa decisão pode resultar em uma diminuição da influência dos EUA nas políticas de saúde global e abrir espaço para que outras nações, como a China, aumentem sua presença e poder na OMS.
Além disso, a OMS terá que reavaliar suas prioridades e programas, uma vez que a perda de financiamento pode levar à interrupção de iniciativas essenciais de saúde pública.
Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou a necessidade de adaptação da organização a essa nova realidade, buscando maneiras de operar com um orçamento reduzido.
Com a saída dos EUA, a OMS também pode enfrentar desafios na mobilização de apoio internacional e na colaboração com outros países, o que é crucial para enfrentar pandemias e crises de saúde.
A situação exige uma resposta estratégica e inovadora para garantir que a organização continue a cumprir sua missão de promover a saúde e combater doenças em todo o mundo.
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