A falta de pagamento aos profissionais de saúde leva a suspensão de atendimentos essenciais no município. A Prefeitura e o Consórcio Cim Expandida Sul são apontados como os principais responsáveis pela situação.
A saúde pública de Itapemirim enfrenta uma crise com a paralisação parcial de atendimentos no Hospital Menino Jesus e o fechamento temporário da Farmácia Básica e Cidadã. Os problemas surgiram após atrasos nos pagamentos de funcionários e profissionais farmacêuticos consorciados, que ainda não receberam pelos meses de outubro, novembro e dezembro. O impasse ocorre devido à decisão do prefeito Antônio Rocha Salles de não assinar o aditivo necessário para a liberação dos recursos financeiros.
No Hospital Menino Jesus, cartazes e comunicados foram afixados nas dependências, informando a possibilidade de paralisação total dos serviços. Um comunicado de um prestador do Consórcio Cim Expandida Sul acusa o prefeito de negligência ao priorizar outras áreas em detrimento da saúde, mesmo com verbas disponíveis. A orientação dada aos trabalhadores é que procurem o Ministério Público ou registrem boletins de ocorrência para buscar indenizações pelos meses trabalhados.
A Farmácia Básica e Cidadã, essencial para o fornecimento de medicamentos, também fechou as portas, impactando diretamente a população mais vulnerável. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a interrupção dos serviços resulta da falta de orçamento adequado, algo que foi reiteradamente comunicado à Prefeitura e à Secretaria de Finanças sem soluções concretas até o momento.
Procurado pela reportagem, Jefferson, diretor do Hospital Menino Jesus, foi questionado sobre o atual funcionamento do hospital, os impactos da crise nos atendimentos e as medidas tomadas para contornar a situação. A matéria será atualizada assim que ele se manifestar.
Nota oficial da Secretaria de Saúde de Itapemirim
A Secretaria de Saúde do Município de Itapemirim informa que está envidando todos os esforços para resolver as questões financeiras que impactam a saúde municipal. Em declaração à imprensa, o secretário de Saúde, Júlio César Carneiro, afirmou:
“Diante de todos os esforços sobre a questão orçamentária, quando assumi a pasta em junho, a situação já estava comprometida. No mesmo momento, fiz o levantamento e demonstrei ao executivo e à Secretaria de Finanças a necessidade de dotação orçamentária para encerrar o ano com as obrigações da saúde cumpridas. Reiteradamente, realizamos cobranças de dotação orçamentária porque exercícios anteriores foram executados dentro deste ano, comprometendo nosso orçamento.
Nesses cinco meses de gestão, entramos para apagar incêndios e buscar regularizar as contas da saúde, mesmo com todo o déficit orçamentário. Estamos realizando agora o pagamento do Hospital Menino Jesus, e a equipe de finanças está empenhada em levantar a dotação para solucionar por completo as pendências com o consórcio nas próximas horas. O Hospital Evangélico também já foi pago.”
A Secretaria reafirma o compromisso com a transparência e com a busca de soluções para restabelecer o atendimento à população o mais breve possível.
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